Eu sou aquela menina que tinha aqui
Antônio Carlos
Navarro
A frase que dá título a esse ensaio
foi pronunciada pelo garoto Dráuzio, aos dois anos de idade, e está inserida no
extraordinário livro Reencarnação no Brasil, de Dr. Hernani Guimarães Andrade.
Nesse livro o eminente pesquisador descreve seis casos
sugestivos de reencarnação, e os descreve detalhadamente.
A história, que resumimos, começa com o desencarne da menina
Maria Aparecida, aos três anos de idade, vitimada por um atropelamento na
cidade de Aramina, estado de São Paulo, no ano de 1969.
Com o desespero instalado no seio da família os pais
buscaram, com ajuda de amigos espíritas, conforto junto ao médium Francisco
Cândido Xavier que lhes disse: Não se desesperem, a alegria voltará ao lar de
vocês, acrescentando que a menina renasceria no lar deles novamente.
Quinze meses depois nasceu um menino que recebeu o nome de
Dráuzio, e desde os primeiros meses começou a dar sinais que sugeriam ser ele a
reencarnação de Maria Aparecida, e que enumeramos abaixo:
– Reconheceu, aos cinco meses de idade, a bicicleta com a
qual o pai levava a filha desencarnada;
– Aos sete meses respondeu verbalmente à avó usando palavras
e expressões de Maria Aparecida;
– Com um ano e dois meses reconheceu a gaveta de ferramentas
da barbearia do pai e indicou a localização de um equipamento elétrico que a
menina tinha como uma “borboleta”;
– Reconheceu, com um ano e oito meses, ao passar em frente,
a antiga casa onde a família morara com a menina, dizendo que havia morado
naquela casa e queria ver o galinheiro da vovó;
– Um mês depois, ao passar pelo local onde a menina sofrera
o acidente, Dráuzio imediatamente acusou dor no abdômen, região em que Maria
Aparecida foi atingida;
– Aos dois anos pronunciou a frase título deste ensaio;
– Reconheceu uma violinha que um irmão mais velho havia
ganhado antes de seu renascimento e um travesseiro utilizado pela menina que
estava secando dependurado no varal. Nesta oportunidade pegou o travesseiro e,
imitando, disse que havia dormido assim “quando fora aquela menina”;
Por último, para não nos alongarmos demasiadamente, uma
passagem determinante para o convencimento de que se tratava da reencarnação de
Maria Aparecida: A mãe passava roupas de Dráuzio e se lembrou das roupas que
passara da menina, e esta lembrança a emocionou levando-a às lágrimas. O menino
Dráuzio, com menos de três anos, e que brincava ao lado da mãe, percebeu o que
se passava, interrompeu sua brincadeira lhe dizendo:
– “Mamãe, eu voltei!”
A mãe, não compreendendo o que Dráuzio dissera,
perguntou-lhe:
– “Voltou de onde?”
E o menino confirmou:
– “Voltei, ora…”
Há muitos outros fatos e detalhes acerca desse caso, e por
isso sugerimos a leitura completa do capítulo, como também dos outros cinco
casos analisados no referido livro do Dr. Hernani. Todos eles referendam
fartamente o mecanismo da reencarnação.
Pesquisas como essa convencem porque são fatos, e contra
fatos não há argumentos.
A Lei Divina estabeleceu a reencarnação como mecanismo que
atende os quesitos bondade e justiça para desenvolvimento de Seus filhos,
levando-os da simplicidade e ignorância à perfeição relativa, que corresponde
ao céu mitológico criado pelas religiões dos homens.
Se o mecanismo existe para um espírito, deve, por extensão,
existir para todos, e se o espírito que animou Maria Aparecida retornou para
animar a personalidade de Dráuzio, assim nós outros já animamos outras
personalidades no passado, num processo ascendente constante que visa o nosso
próprio progresso.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
FONTE
Agenda Espírita Brasil. Disponível em http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2015/12/22/eu-sou-aquela-menina-que-tinha-aqui/.
Acesso 22 DEZ 2015.
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