Sobre o Amor...
Lewis Carrol
— Amas-me?
Perguntou Alice.
Perguntou Alice.
— Não, não te amo!
Respondeu o Coelho Branco.
Respondeu o Coelho Branco.
Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que
se sentia ferida.
—Vês?
Retorquiu o Coelho Branco.
Retorquiu o Coelho Branco.
*
Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão
imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um
pouco.
*
Sabes, é por esta razão que não te posso amar.
Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.
Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.
*
Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por
ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou
conflitos consigo mesmos.
*
Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma
couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis
dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.
*
A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo:
"Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"
"Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"
Fonte
CARROL, Lewis: Alice no país das maravilhas.
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