Conflitos Domésticos
Emmanuel
Não nos reportamos ao divórcio para te dizer que essa medida é impraticável.
Existem problemas tão profundos, nas resoluções de caráter extremamente particular, que só o entendimento entre a criatura e o Criador, através da reflexão e da prece, consegue resolver.
Todavia, se conflitos caseiros te atormentam a vida, faze o possível por salvar a nave doméstica de soçobro e perturbação.
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Talvez a companheira te haja desconsiderado ou ferido...
Provável que o companheiro te haja imposto agravo ou desapreço.
Tudo terá começado num pequeno gesto de intolerância.
A migalha de amargura imitou a bola de neve, convertendo-se em muralha de fel.
Antes, porém, que a réstia de sombra se transforme em nevoeiro, compadece-te e procura compreender o outro coração que se te associa no lar.
Quem sabe se a intransigência, a infidelidade, a irritação ou a secura com que te defrontas serão frutos de tua própria frieza, menosprezo, violência ou ingratidão?
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Para e pensa
Medita na ternura e no apoio que esperas receber em casa, a fim de que te não faltem forças na execução dos próprios deveres, no dia-a-dia. Perceberás que a indulgência e a bondade criam bondade e indulgência, onde surjam.
Mudemos a nós mesmos para melhor e aqueles que nos compartilham a estrada não se deterão insensíveis.
Planta de novo a alegria e o bem, para que obtenhas o bem e a alegria novamente.
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Dá e receberás
Ninguém se agrega com alguém, nas tarefas de burilamento e de amor, sem motivos justos.
E nós que aprendemos a salvar o trigo e a batata, os campos e as fontes, saibamos preservar a nossa união também.
Nesse sentido, entretanto, não exija dos outros a iniciativa para as realizações da harmonia e da segurança.
Dá o primeiro passo e os outros te seguirão.
O Cérebro Paranormal
Irmão Saulo
A revista Realidade, de São Paulo, em longa reportagem, considerou anormal o cérebro de Chico Xavier.
Na crônica e nas notas abaixo temos as respostas de Irmão Saulo, dadas na ocasião, através do “Diário de S. Paulo”.
Considerar anormal o cérebro de Chico Xavier é simplesmente ignorar quarenta anos de pesquisas e descobertas nas Ciências Psicológicas.
Desde 1930 as investigações parapsicológicas vêm revelando condições desconhecidas do cérebro humano, particularmente no campo das funções até então consideradas como anormais.
O velho conceito de anormalidade foi profundamente modificado, assim como a conceito das relações entre o cérebro e a mente.
Pesquisas intensivas foram realizadas nas grandes universidades da América, da Europa e da Ásia, resultando na aceitação científica da classificação de paranormal para condições cerebrais, situações mentais e funções antes consideradas como anormais, patológicas ou sobrenaturais.
A utilização do eletroencefalograma para a verificação das mudanças ocorridas no cérebro durante o transe hipnótico ou mediúnico deu resultados surpreendentes.
Serviu para mostrar que a percepção extra-sensorial, a captação de pensamentos, a manifestação de espíritos através de médiuns exigem condições cerebrais e corticais que parecem anormais por não se enquadrarem no processo habitual da nossa vida de vigília.
Mas a falta de correspondência entre essas modificações cerebrais e o comportamento do sujeito (a falta de sintomatologia patológica) mostrariam a diferença entre anormal e paranormal.
Charles Richet, bem antes, já havia observado que seria conveniente substituir as expressões normal e anormal por habitual e inabitual.
Mesmo nos casos evidentemente patológicos verificou-se que o afastamento da causa paranormal (o afastamento do obsessor) era suficiente para restabelecer a normalidade cerebral.
Claro, pois, que um eletroencefalograma de médium em transe terá de acusar perturbações diversas, segundo tipo de manifestação mediúnica em processo essa é mesmo uma das provas objetivas da legitimidade da comunicação.
Francisco Cândido Xavier não tem um cérebro anormal, não é um doente mental.
Pelo contrário, é um homem normal, que não sofre acessos epiléticos, como ele mesmo disse, que vive uma vida regular e produtiva, auxiliando milhares de criaturas a se reajustarem no mundo. (Veja-se, por exemplo, a mensagem “Conflitos Domésticos”).
O que ele tem – graças a Deus – é um cérebro paranormal, o cérebro do futuro, porque é o cérebro dos gênios e dos santos.
Energia e Materialização
A materialização de espíritos seria impossível, segundo os cálculos feitos pelo Professor Carlos Chohfi, do Departamento de Física da Universidade Mackenzie.
Para materializar uma pessoa de 70 quilos seria necessária a energia produzida em 293 anos pela hidrelétrica de Jupiá.
Apesar disso, materializa-se...
É o caso de Galileu: Eppur si muove.
Os cálculos do Professor Chohfi foram feitos por causa de materializações ocorridas com Chico Xavier.
Acontece, porém, que a materialização de espíritos, apesar da força da expressão, não é a formação de um organismo humano.
É simplesmente a utilização do ectoplasma para dar ao corpo espiritual a aparência humana.
Um problema, não de Física habitual, mas daquilo que o Professor Friedrich Zollner chamou Física Transcendental, e que hoje poderíamos chamar de Parafísica.
Segundo a Metapsíquica, esse problema é de ordem fisiológica.
As materializações eram chamadas por Kardec de aparições tangíveis.
Como se vê, o ilustre físico opinou como físico sem conhecer a natureza extrafísica do problema.
Recado para Hamilton
O repórter Hamilton Ribeiro pediu aos espíritos uma receita para pessoa e endereço inexistentes.
Chico Xavier psicografou:
“Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe”.
Hamilton encerra a sua reportagem perguntando:
“O que pensar disso?”
Mas está evidente: o recado era para ele mesmo.
A regra é essa.
Chico já a explicou muitas vezes.
Se o nome do consulente é falso, os espíritos respondem para o “solicitante”.
XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede licença. Espíritos Diversos, Cap 13.
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