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segunda-feira, abril 08, 2024

A Ponte - Casimiro Cunha

 


A Ponte 

Casimiro Cunha

 

Onde a estrada se biparte, parando sem que prossiga, manda o Pai que se construa a ponte bondosa e amiga.


Consagrada ao bem dos outros, todo instante atenta a isso, dom dos céus a revelar o espírito de serviço.


Suspensa sobre as alturas, onde uma queda ameaça, sem privilégio a ninguém, a ponte serve a quem passa.


Sempre pronta no caminho, no seu esforço incessante, todo o tempo, dia e noite, é bondade vigilante.


Sanando dificuldades, dá-se ao que vai e ao que vem, pratica com todo o mundo a divina lei do bem.


Por gozar-lhe toda hora, seu constante e terno amor, os homens nunca refletem na extensão do seu valor.


Muita vez é necessário, para que homem possa sentir, que em meio da tempestade, a ponte venha a cair.


No instante em que cada qual vê que o bem próprio periga, já ninguém mais desconhece, quem era essa grande amiga.


A ponte silenciosa, no esforço fiel e ativo, é um apelo à lei do amor, sempre novo, sempre vivo.


Vendo-a nobre e generosa, servindo sem altivez, convém saber se já fomos como a ponte alguma vez.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da naturezaSão Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 43, p.44.


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