COMO MARCO O MUNDO COM A MINHA PRESENÇA ?
Como posso contribuir? Participar em que?
Como transformar o desassossego em veículo de reflexão e ação.
Que cada um de nós é único, é singular, todos nós sabemos.
Que a vida de cada um é vivida em diversos papéis,
de marido e esposa, de pai e mãe, de profissional, de cidadão,
de amigo e tantos outros, é indiscutível.
Todos sabem o esforço que fazem e como é difícil conciliar e ter
um equilíbrio razoável nestes papéis.
O que, às vezes, não está muito claro para as pessoas
é o impacto que as suas vidas causam nos outros e no meio em que vivem.
Será que fazem diferença? Como influenciar a história do mundo,
de sua cidade, de seu bairro com a história de suas vidas?
Estão ajudando a construir um mundo diferente, um mundo melhor,
já que este que vivemos não agrada a ninguém?
O ano de 2001 comemorou o Ano Internacional do Voluntariado e,
como é bom constatar, este numeroso e valoroso exército de pessoas,
que de alguma forma, acordaram para a idéia de que podem fazer
a diferença para melhor.
Como marco o mundo com a minha presença,
além de ser uma profunda indagação existencial,
nos provoca uma grande inquietude pessoal que nos desaloja,
nos desassossega.
Como posso contribuir? Participar em que?
Como posso transformar o desassossego em matéria prima
para reflexão e ação?
Trabalhar para o bem comum, participar de um processo de construção humana,
contribuir e ser um agente ativo de transformação
pode ser realizado de inúmeras maneiras.
Existem hoje entidades, ONGs, grupos mais ou menos organizados de voluntários
que atuam em educação, saúde, preservação ambiental, família, crianças
e adolescentes, idosos, alfabetização, entre tantos outros focos.
O processo de escolha é individual e exige uma opção consciente,
responsável para que, de fato, assumamos o compromisso de fazer
a nossa parte na construção de um novo mundo.
O filme Impulsionando as Águas que pode ser alugado ou adquirido da Siamar,
apresenta cinco aspectos que nos ajuda, neste processo.
Vale tanto para indivíduos como para organizações.
O primeiro aspecto é a auto‑estima .
É o que penso e o que faço a meu respeito.
Auto‑estima é a soma da auto‑confiança com o auto‑respeito.
Não é competitivo e nem comparativo.
Nossas reações são determinadas por quem e pelo que pensamos que somos.
É a chave para o sucesso ou o fracasso.
A compreensão de nós mesmos influencia todas as nossas escolhas significativas.
Por isso, a importância de termos uma auto‑estima adequada.
O segundo aspecto cuida da necessidade de estabelecermos uma visão,
uma meta, um sonho e como podemos realizar o nosso sonho,
criando metas claras, possíveis e exeqüíveis que poderão ser alcançadas
através de um planejamento.
O propósito que nos anima é nosso terceiro aspecto.
"É a resolução de lutar para atingir a meta estabelecida,
é a razão de viver e lutar, é acreditar que há algo a realizar neste mundo, além de nós".
O quarto aspecto é o compromisso íntimo,
que cada um estabelece consigo mesmo, de perseguir com empenho,
com dedicação, os objetivos e as metas que fixou.
É a responsabilidade que se sente mesmo no trabalho voluntário.
É a consciência de que a luta, o trabalho escolhido vale a pena e faz a diferença.
Por fim, o último elemento é a contribuição que cada um de nós,
dentro de suas características pessoais ‑ qualificação, habilidades, experiência,
conhecimento , pode dar para melhorar um pouco mais seu bairro,
sua comunidade, seu trabalho, sua família.
Um ditado africano é muito ilustrativo quando diz:
"O mundo que temos hoje nas mãos, não nos foi dado por nossos pais,
mas na verdade, ele nos foi emprestado por nossos filhos".
Que tipo de mundo entregaremos para as gerações futuras? Como estamos marcando nossa presença no mundo?
Jeanete W. Scheibe
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