Paraíso
(Lucas 23:43)
Ele existe!
Não fica no além.
Vive e pulsa em cada um de nós.
Jaz esquecido, adormecido, ignorado, aguardando que o
acessemos a fim de conhecermos os tesouros imensos e maravilhosos da alma
humana.
É uma herança divina!
Por não ter aparências externas requer “olhos de ver”,
“ouvidos de ouvir”,
sensibilidade, delicadeza, pureza .
Pode ser acessado por qualquer pessoa que desperte em si o
desejo de ampliar seus horizontes e amar, se amando.
Sentindo-o, promovemos uma reconciliação deixando de nos
punir, cobrar, rompendo com martírios, culpas e qualquer autoflagelação.
Aceitamo-nos e vamos amorosamente nos aperfeiçoando,
seguindo a consciência divina que nos habita e constitui.
Cessam-se os litígios e aprendemos a amar os “inimigos”
internos, entendendo que nós mesmos criamos as inimizades conosco,
distanciando-nos do reino ensinado e prometido por Jesus que se encontra dentro
e não fora do nosso coração.
Acessar o paraíso requer atenção no hoje, no aqui e no
agora.
Não é mágica nem alienação, mas consciência plena, percepção da própria
inteireza, reconhecimento de que temos um jardim e ele precisa ser cultivado
com carinho e não com golpes duros e agressivos em nossas características
visando uma transformação súbita.
É um esculpir, não um demolir.
Um transformar, não um extirpar.
Um florescer, não um podar.
Requer disciplina natural e espontânea como a da terra
abraçando a chuva, o céu revelando o sol, a lua beijando o mar, a borboleta no
seu caso de amor com a flor, a andorinha planando no ar, a luz tocando-nos a
visão, o ar entrando nos pulmões.
Acessemos o paraíso!
Sintamos a sua existência em nossa essência, valorizando
cada minuto da nossa preciosa e abençoada vida.
E assim, poderemos juntos, amar o próximo como a nós mesmos.
Cezar Braga Said
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