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domingo, maio 16, 2021

Cartilha Da Natureza - Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Casemiro Cunha



Cartilha Da Natureza 


Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Casemiro Cunha 




A GRANDE FAZENDA 


“E ele repartiu por eles a fazenda.” JESUS-LUCAS, 15:12 



A natureza é a fazenda vasta que o Pai entregou a todas as criaturas. 


Cada pormenor do valioso patrimônio apresenta significação particular.


A árvore, o caminho, a nuvem, o pó, o rio, revelam mensagens silenciosas e especiais. 

É preciso, contudo, que o homem aprenda a recolher-se para escutar as grandes vozes que lhe falam ao coração. 


A Natureza é sempre o celeiro abençoado de lições maternais.


Em seus círculos de serviço, coisa alguma permanece sem propósito, sem finalidade justa. 

 
Eis a razão pela qual o trabalho de Casimiro Cunha se evidência com singular importância.


O coração vibrátil e a sensibilidade apurada conchegaram-se a Jesus, para trazer aos ouvidos dos companheiros encarnados algumas notas da universal sinfonia. 


Esta cartilha amorosa relaciona, em rimas singelas, alguns cânticos da fazenda divina que o Pai nos confiou.


Envolvendo expressões na luz infinita do Mestre,Casimiro dá notícias das coisas simples,cheias de ensino transcendental.


No relatório musicado de sua alma sensível, o milharal, o pântano, a árvore, o ribeiro, o malhadouro, dizem alguma coisa de sua maravilhosa destinação, revelando sugestões de beleza sublime.


É o ensino espontâneo dos elementos, o alvitre das paisagens que o hábito vulgarizou, mas se conservam repletas de lições sempre novas. 


O trabalho valioso do poeta cristão dispensa comentários e considerações. 


Entregando-o, pois, ao leitor amigo, não temos outro objetivo senão lembrar a fazenda preciosa que se encontra em nossas mãos. 


A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas. 


Em abrindo a cartilha afetuosa de Casimiro, recordemos Aquele que veio a Terra, começando pela manjedoura; que recebeu pastores e animais como visita primeira; que foi anunciado por uma estrela brilhante; que ensinou sobre as águas, orou sobre os montes, escreveu na terra, transformou a água simples em vinho do júbilo familiar; que aceitou a cooperação de um burrico para receber homenagens do mundo; que meditou num horto, agonizou numa colina pedregosa, partiu em busca do Pai através dos braços de um lenho ríspido e ressuscitou num jardim. 


Relembremos semelhantes ensinos e recebamos a fazenda do Senhor, não como o filho pródigo que lhe desbaratou os bens, mas como filhos previdentes que procuram aprender sempre, enriquecendo-se de tesouros imortais. 


Pedro Leopoldo, 20 de Maio de 1943. Emmanuel 

 XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay Ltda,2002, ed.1. Introdução,p.5. Cap 1, p.2.

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