Deus em Nós
Emmanuel
Cap. XXV – Item 1
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.” (Atos, 19: 11)
Quem pode delimitar a extensão das
bênçãos que dimanam da Altura?
Por ser sempre de origem inferior, o mal é limitado como todas as manifestações devidas exclusivamente às criaturas;
o bem, no entanto, possui caráter divino e, semelhante aos atributos do Pai
Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
Antes de tudo, vigora a intenção
sincera do espírito no ato que procura executar.
Assim, utiliza as próprias
possibilidades a serviço da Vontade Divina, oferecendo o coração às realizações
com Jesus, e o ilimitado surgir-te-á gradativamente nas faixas da experiência,
sob a forma de esperança e consolação, júbilo e paz.
Por mais sombrios te pareçam aos
ideais de hoje os dias do passado, não te entregues ao desânimo.
Ergue os sentimentos e conjuga as
próprias ações ao novo roteiro entrevisto.
Após a purificação necessária, a água
mais poluída da sarjeta se torna límpida e cristalina, como se jamais houvesse
experimentado o convívio da impureza.
O presente é perene traço de união
entre os resquícios do pretérito e uma vida futura melhor.
Plasma em ti mesmo as forças
reconstrutivas de tuas novas resoluções, para que se exprimam em obras de
aprimoramento e de amor.
Reconhecendo a nossa origem na Fonte
de todas as perfeições, é natural que podemos e precisamos realizar em torno de
nós as obras perfeitas a que estamos destinados por nossa própria natureza.
Eis o valor do registro dos Atos dos
Apóstolos ao recordar-nos a magnitude das tarefas de Paulo, quando o iniciado
de Damasco se dispôs a caminhar, auxiliando e aprendendo, no holocausto das
próprias energias à exaltação do bem.
As mãos, tanto quanto o conjunto de
instrumentos e possibilidades de que nos servimos na vida comum, esperam
passivamente o ensejo de se aplicarem aos desígnios superiores, segundo as
nossas deliberações pessoais.
Quando agimos no bem, sentimos a
presença de Deus em nós.
Medita no emprego dos teus recursos
no campo da fraternidade.
Desterra de teu caminho a barreira do
desalento e prossegue confiante, vanguarda a fora.
O solo frutifica sempre quando
ajudado pelo cultivador.
Usa, pois, o arado com que o Senhor te enriquece as mãos, trabalhando a leira que te cabe, com firmeza e esperança, na certeza de que a colheita farta coroar-te-á os esforços, cada vez mais, desde que permaneças apoiado no propósito seguro de corresponder ao programa de trabalho que o Pai te reserva, na oficina da luz, em busca da Alegria Inalterável.
XAVIER,
Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 44. Conversão de Paulo de Tarso: Ilustração Reproduzida da Internet. Arte:
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