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sexta-feira, novembro 14, 2025

Contrassensos - Emmanuel


Contrassensos

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 17-11-1961.

1ª Parte — Cap. I — Item 2.

 

Quando a gota se viu semelhante a uma gema valiosa, na folhagem da primavera, insultou o rio em que se formara: 


Sai da frente, monstro do chão.


Quando o tronco se agigantou diante do firmamento, blasfemou contra a própria raiz: 


Não me sujes os pés.

 

Quando o vaso passou pela cerâmica em que nascera, gritou, revoltado: 


Não suporto essa lama.

 

Quando o ouro se ajustou ao palácio, indagou da terra que o produzira: 


Que fazes aí, barro escuro?

 

Quando a seda brilhou, na pompa da festa, disse à lagarta que lhe dera a existência: 


Não te conheço, larva mesquinha.

 

Quando a pérola fulgiu, soberana, exigiu da ostra em que se criara: 


Não te abeires de mim.

 

Quando o arco-íris se reconheceu admirado pelo pintor, acusou o sol de que se fizera: 


Não me roubes a luz.

 

Copiando esses contrassensos figurados da natureza, o homem insensato, quando erguido ao pedestal do orgulho pelos abusos da inteligência; 


costuma escarnecer de si próprio, afirmando jactancioso: 


A vida é poeira e nada, e Deus é ilusão.


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 75.  Ilustração Reproduzida da Internet. 

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