Evolução e Livre Arbítrio
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 11-12-1961.
1ª Parte — Cap. I — Item 5.
Porque há dores necessárias no erguimento da vida, há quem se
acolha à faixa da negação.
Ainda agora, muitos cientistas e religiosos, encastelados em
absurdos afirmativos, parecem interessados em se anteporem ao próprio Deus.
Gigantes do raciocínio constroem máquinas com que investem o
espaço cósmico, em arrojados desafios, para dizerem que a vida é a matéria
suposta onipotente, enquanto que milhares de pregoeiros da fé levantam cadeias
teológicas, tentando apresar a mente humana ao poste do fanatismo.
Na área de semelhantes conflitos, padece o homem o impacto de
crises morais incessantes.
Não te emaranhes, porém, no labirinto.
O mundo está criado, mas não terminado.
De ponta a ponta da Terra, vibra, candente, a forja da evolução.
Problemas solucionados abrem campo a novos problemas.
Horizontes abertos descerram horizontes mais amplos.
E, na arena da imensa luta, o Espírito é a obra prima do Universo, em árduo burilamento.
O Criador não vive fora da Criação.
A criatura humana, contudo, ainda infinitamente distante da Luz
Total, pode ser comparada ao aprendiz limitado aos exercícios da escola.
Cada civilização é precioso curso de experiências e cada individualidade, segundo a justiça, deve estruturar a sua própria grandeza.
Examinando o livre arbítrio que a Divina Lei nos faculta,
consideremos que nós mesmos, imperfeitos quais somos, não furtamos,
impunemente, uns dos outros, a liberdade de conhecer e realizar.
Pais responsáveis, não trancafiamos os filhos em urnas de
afeto exclusivo, com a desculpa de amor.
Professores honestos, não tomamos o lugar do discípulo,
ofertando-lhe privilégios, a título de ternura.
Médicos idôneos, não exoneramos o enfermo dos arriscados
processos da cirurgia, a pretexto de compaixão.
Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em que te
encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de elevação que a Bondade
Infinita, por agora, te pode dar.
Não te importe o materialismo a dementar-se no próprio caos. Sabes que o homem não é planta sem raiz, nem barco à matroca.
Os que negam a Causa das Causas, reajustam, para lá do sepulcro,
visão e entendimento, emotividade e conceito.
Enquanto observas, no caminho, perturbação e sofrimento, à
guisa de poeira e sucata em prodigiosa oficina, tranquiliza-te e espera,
porquanto, aprendendo e servindo, sentirás em ti mesmo a presença do Pai.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 82. Livre Arbítrio : Ilustração Reproduzida da Internet. Foto : Rede Fonte.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”