Retrato da Amizade
Maria Dolores
Agradeço, Alma Fraterna e boa.
O Amor que no teu rosto se condensa deixando ao longe a festa, o ruído e o repouso para dar-me a presença.
Sofres, sem reclamar, enquanto exponho minhas idéias diminutas e anoto como é grande o teu carinho no sereno sorriso em que escutas.
Não sei dizer-te a gratidão que guardo pelas doces palavras que me dizes amenizando as lutas que carrego em meus impulsos infelizes.
Auxilias-me a ver sem barulho ou reproche, dos trilhos para o bem, o mais certo e o mais curto, sem cobrar pagamentos ou louvores pelo valor do tempo que te furto.
Aceitas-me no todo como sou, nunca me perguntaste de onde vim nem me solicitaste qualquer conta da enorme imperfeição que trago em mim.
Agradeço-te, ainda, o socorro espontâneo que me estendes à vida estrada à fora para que minhas mãos se façam mensageiras de consolo a quem chora.
Louvado seja Deus, alma querida e bela, pelo conforto de teu braço irmão, por tudo que tens sido em meu caminho, por tudo que me dás ao coração.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Maria Dolores.
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