68-O DIAMANTE
Casimiro Cunha
No serro desamparado que chama ao suor e à luta, o diamante luminoso descansa na pedra bruta.
Por conquistá-lo é preciso vencer enorme aspereza, eliminando os percalços que surgem da Natureza.
Sobretudo, é imprescindível estudar todo o cascalho, sem desprezar-lhe a dureza no espírito do trabalho.
Longo esforço, longa espera, serviço e compreensão, tudo isso é indispensável ao bem da lapidação.
Ao preço de luta ingente, a pedra sonha e rebrilha.
É a divina descoberta da gota de maravilha.
Pouca gente lembrará que a joia de perfeição constitui a experiência dos
átomos de carvão.
A princípio, não passava de míseros fragmentos de carbono desprezível na força dos elementos.
Nas grandes transformações, viveu obscura e ao léu, mas, agora, é flor de luz, refletindo a luz do céu.
Quem não vê na joia rara, sublimada e soberana, a história maravilhosa dos caminhos da alma humana?
Nos serros da Humanidade que a ignorância domina, cada ser guarda o diamante da Consciência Divina.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 68, p.69.
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