Minutos de Paz !

sábado, junho 30, 2012

Recorre à meditação - Joanna de Ângelis




Recorre à meditação  

Joanna de Ângelis




O homem que busca a realização pessoal, inevitavelmente é impelido à interiorização. 


Seu pensamento deve manter firmeza no ideal que o fascina, e a fé de que logrará o êxito impulsiona-o a não intimidar-se diante dos impedimentos que o assaltam na execução do programa ao qual se propõe. 


A meditação torna-se-lhe o meio eficaz para disciplinar a vontade, exercitando a paciência com que vencerá cada dia as tendências inferiores nas quais se agrilhoa. 


*
Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe antes de qualquer realização. 


Com esta atitude acalma-se a emoção e aclara-se o discernimento, harmonizando-se os sentimentos. 


Não se torna indispensável que haja uma alienação, em fuga dos compromissos que lhe cumpre atender, face às responsabilidades humanas e sociais. Mas, que reserve alguns espaços mentais e de tempo,  a fim de lograr o cometimento. 


*
Começa o teu treinamento, meditando diariamente num pensamento do Cristo, fixando-o pela repetição e aplicando-o na conduta através da ação. 


Aumenta, a pouco e pouco, o tempo que lhe dediques, treinando o inquieto corcel mental e aquietando o corpo desacostumado. 


Sensações e continuados comichões que surgem, atende-os com calma, a mente ligada à idéia central, até conseguires superá-los. 


A meditação deve ser atenta, mas não tensa, rígida. 


Concentra-te, assentado comodamente, não, porém, o suficiente para amolentar-te e conduzir-te ao sono. 


Envida esforços para vencer os desejos inferiores e as más inclinações. 


Escolhe um lugar asseado, agradável, se possível, que se te faça habitual, enriquecendo-lhe a psicosfera com a qualidade superior dos teus anelos. 


Reserva-te uma hora calma, em que estejas repousado. 


Invade o desconhecido país da tua mente, a princípio reflexionando sem censurar, nem julgar, qual  observador equilibrado diante de acontecimentos que não pode evitar. 


Respira, calmamente, sentindo o ar que te abençoa a vida. 


Procura a companhia de pessoas moralmente sadias e sábias, que te harmonizem. 


Dias haverá mais difíceis para o exercício. O treinamento, entretanto, se responsabilizará pelos resultados eficazes. 


Não lutes contra os pensamentos. Conquista-os com paciência. 


Tão natural se te tornará a realização que, diante de qualquer desafio ou problema, serás conduzido  à idéia predominante em ti, portanto, a de tranqüilidade, de discernimento.


*
Gandhi jejuava em paz, por vários dias, sem sofrer distúrbios mentais, porque se habituara à meditação, à qual se entregava nessas oportunidades. 


E Jesus, durante os quarenta dias de jejum, manteve-se em ligação com o Pai, prenunciando o testemunho no Getsémani, quando entregue, em meditação profunda, na qual orava, deixou-se arrastar pelas  mãos da injustiça, para o grande testemunho que viera oferecer à Humanidade.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.Momentos de Meditação.

Ciência e Espiritualidade: As Obras de André Luiz para a Ciência Espírita

Ciência e Espiritualidade: As Obras de André Luiz para a Ciência Espírita








As obras de André Luiz contribuíram não só para o Espiritismo, como para a ciência. Por ter sido médico, procurou colocar em seus livros explicações que se a ciência vem elucidando gradualmente.

Prece - Caminho da felicidade






 Caminho da Felicidade 



"Conserve o teu coração livre do ódio

e a tua mente livre da ansiedade.

Viva simplesmente. Encha a sua vida com amor.

Espalhe a luz. Esqueça-se e pense nos outros.

Faça o que gostaria que lhe fizessem.

Não fale mal de ninguém.

Critique os seus próprios atos com um cuidadoso exame de suas ações diárias.

Experimente isso por uma semana e se surpreenderá.

Faça cada dia, antes de iniciar suas tarefas diárias, esta oração:

"Senhor!

No silêncio desta prece

Venho pedir-Te a paz, a sabedoria, a força.

Quero sempre olhar o mundo

Com os olhos cheios de amor.

Quero se paciente, compreensivo, prudente

Quero ver além das aparências

Teus filhos, meus irmãos, como Tu vês

E assim, Senhor, ver somente o bem

em cada um deles.

Fecha os meus ouvidos a todas as calúnias

Guarda minha língua de todas as maldades

Para que só de bençãos se encha minh'alma

Que eu seja tão bom e tão alegre,

Que todos aqueles que se aproximem de mim

Sintam a Tua presença

Reveste-me da Tua Beleza, Senhor,

E que no decurso deste dia, eu Te revele a todos". 


Desconheço a autoria

Adversário da felicidade - Momento Espírita




Adversário da felicidade


Eles formavam um casal harmônico. Jovens e belos desfilavam pelas ruas de mãos dadas e sorrisos nos lábios.


Tudo parecia lhes sorrir. Profissionais liberais, administravam sua agenda de forma que a profissão não lhes tomasse todas as horas.


Escoavam os meses e se reprisavam os anos de gentilezas, traduzindo carinhoso afeto.


Até que um dia, um cliente mais ousado tomou atitudes indevidas e, embora fosse rechaçado com firmeza pela jovem esposa, o esposo se encheu de ciúmes.


A partir de então, o relacionamento começou a deteriorar. Ele se tornou frio para com ela. Os diálogos amigos se transformaram em monossílabos forçados.


Ela passou a agasalhar mágoa no seu coração.


Finalmente, optaram pela separação. A pedido dela, ele saiu de casa. Agora se encontravam somente no campo profissional, pois trabalhavam no mesmo local.


As noites solitárias começaram a se tornar intermináveis e ele passou a sentir a falta dela. Analisou os motivos da separação e descobriu que havia sido muito infantil. Resolveu pedir desculpas e retornar ao lar.


Em uma noite, decidiu que, ao se erguer pela manhã, iria até uma floricultura, compraria lindas flores e as remeteria para a sua amada.


Escolheu versos cheios de amor para esconder entre o ramalhete delicado:


Alma gêmea da minh'alma.
Flor de luz da minha vida.
Sublime estrela caída das belezas da amplidão.
És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança.
Porque eu sou tua esperança.
Como és todo o meu amor.


Adormeceu pensando em como se ajoelharia aos seus pés, confessando-lhe o amor que sentia.


Quando amanheceu o dia, vestiu-se, perfumou-se e foi até a frente da casa. Então, se sentiu um tolo romântico.


E se ela não o perdoasse? E se ela não estivesse disposta a reatar o relacionamento?


Afastou-se. Durante todo aquele dia a ideia não lhe saía da cabeça. Afinal, ela estava ali, tão perto, trabalhando na outra sala. Não encomendou as flores. Mas leu e releu os versos que escrevera. Chegou a noite, cheia de estrelas.
O quarto de hotel parecia sufocá-lo. Saiu, comprou flores, escreveu os versos em lindo cartão e se dirigiu para a casa dela.


A passo acelerado, foi chegando. Tinha na mente, para sair pelos lábios, todas as frases de perdão e juras de amor.


Com o coração em descompasso, bateu à porta. A empregada atendeu chorosa e vendo-o, apontou para o interior da sala.


A jovem tivera um problema cardíaco e morrera. As flores que ele levava serviram para lhe adornar o caixão. Mas os versos que ele fizera, esses ele não poderia jamais declamar aos seus ouvidos. Era tarde demais...


*  *  *


O ciúme é perigoso adversário. Tem a capacidade de destruir relações afetivas, ferindo os que a ele se entregam.


Se você já se permitiu dominar por ele, pense em quanto já perdeu em oportunidades de ser feliz. Quantas vezes se tornou frio, agressivo. Quantas vezes magoou e se sentiu magoado.


E tome uma decisão imediata. Abandone esse sentimento e retorne às fontes generosas do amor. Só quem ama é feliz e faz os outros felizes.


Redação do Momento Espírita, com reprodução de versos  extraídos do cap. 4, pt.2, do livro Há dois mil anos, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.  Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, ed. Fep.Disponível em www.momento.com.br

sexta-feira, junho 29, 2012

Presentes de Amor - André Luiz





Presentes de Amor 

 André Luiz



Quando você houver beneficiado a alguém consolide a sua bondade com o silêncio sobre a dádiva que fez para que você não humilhe quem a recebe.



Não se oponha contra quem fale pelo simples prazer da contradita.


Preste uma informação sem desprimorar quem a solicita.


Converse sem desejar parecer maior ou melhor que os circunstantes.


Habitue-se a evitar confrontações para não ferir as suscetibilidades de quem ouve.


Tolere o apontamento menos feliz de algum amigo sem irritação e sem revide.

Cultive a paciência nos momentos difíceis. abstendo-se de agravar tribulações e problemas.


Não tente o coração alheio com promessa: que não deseje e nem possa cumprir.


Atenda ao bem pela alegria de servir, sem cobrar tributos de gratidão.


Não exija a cooperação dos outros em tarefas que você possa realizar por si mesmo.


Espalhando esses presentes de amor estará você efetuando na organização cambial da vida os seus melhores investimentos de paz e felicidade. 



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz.

É Proibido - Pablo Neruda




É Proibido

Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.


É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,


Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos


Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,


Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,


Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,


Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,


Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,


Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.


quinta-feira, junho 28, 2012

Ciladas - Joanna de Ângelis




Ciladas


Joanna de Ângelis





Na trajetória humana em favor do desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes, defronta armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível, comprometendo-se por largo período...


Constituem testes à resistência moral de todo jornadeiro que se aprimora através das experiências da evolução.


Ninguém, que desempenhe funções ou papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos perigosos que lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.


Sutis, algumas vezes, apresentam-se como dourados atrativos que seduzem e terminam por envilecer o caráter de quem lhes aquiesce ao convite.


Noutras ocasiões, surgem de inopino, ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a capitular, inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a que se afervoram.


Algumas anunciam favores e glórias fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de afetividade doentia.


Inúmeras outras assumem o odioso aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que termina por desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
Normalmente, fazem-se insinuantes e agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo envolvimento daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.


Semelhante ao que ocorre com os insetos colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os espreita, a fim de devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e de aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de qualquer forma de libertação.


Existem ciladas licenciosas, vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se enleiam, comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se torna chulo e perturbador.


Diversas outras são refinadas e trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do convívio social saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da falsa autosuficiência.

As ciladas constituem recursos perturbadores durante a experiência humana que têm a finalidade de proporcionar a aquisição de resistências espirituais e de valores pessoais ao indivíduo, mediante os quais o Espírito se enriquece de sabedoria.


Todos os seres humanos, de uma ou de outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.


Há, porém, outro gênero de ciladas perversas que merecem atenção redobrada. 


Trata-se daquelas que são programadas no mundo espiritual inferior, nas quais se comprazem os Espíritos invejosos, atrasados, primários e os malvados que se transformam em obsessores, verdadeiros verdugos das demais criaturas humanas, individualmente, assim como da sociedade terrestre como um todo.


Odiando o progresso moral, do qual se alijaram por vontade própria, elegendo o sofrimento decorrente da ignorância em relação à Verdade como diretriz de segurança pessoal, esses Espíritos infelizes transformam-se em inimigos do Bem, que pensam impedir de expressar-se, assim como da felicidade do próximo que invejam.


Quando alguém se alça acima da craveira comum e chama a atenção pelos valores éticos, culturais, políticos, religiosos ou de qualquer outra natureza, investem, furibundos, contra, gerando situações embaraçosas, complicando-lhes os relacionamentos e comprazendo-se em afligi-los.


São hábeis nas técnicas de inspiração doentia, trabalhando as reflexões mentais daqueles a quem antipatizam com vibrações perniciosas e extravagantes que desajustam as suas vítimas.


Noutras ocasiões, trata-se de inimigos de existências passadas, que mantêm ressentimento em forma de rancor e desejo incontrolável de vingança na sua morbidez dominadora.


Insinuam idéias de enfermidades simulacros, transmitem sensações doentias, envolvem em ondas mentais depressivas, suspeitosas ou de violência, em contínuas tentativas de alienar aqueles que lhes caem nas ciladas mentais.


Ociosos e insensíveis à compaixão ou à fraternidade, persistem com virulência nos seus propósitos infelizes, tornando-se inflexíveis na razão direta em que encontram resistência naqueles que pretendem azorragar.


Atiram pessoas irresponsáveis e igualmente ignorantes contra quem se esforça por superar as inclinações inferiores, tornando-se patrulheiros inconsequentes dos seus atos, em razão de não desejarem sintonia com as suas mazelas.


Estimulam a sensualidade e provocam paixões tórridas de consequências desastrosas, desrespeitam os sagrados vínculos do matrimônio, da fidelidade, da consideração que todos se devem reciprocamente.


Acompanham aqueles que estão sob a sua alça de mira na condição de vigias impiedosos, sempre aguardando qualquer brecha mental, emocional ou moral, a fim de iniciarem as vinculações obsessivas, mediante as quais pensam em destruí-los.
No que diz respeito aos trabalhadores do Evangelho de Jesus através da revelação espírita, iracundos e violentos tudo investem, na sua sanha alucinada, para impedir-lhes o cumprimento dos nobres deveres abraçados.


Certamente, ninguém se encontra sem a proteção do Senhor da Vinha através dos Seus emissários e dos Seus próprios benfeitores que Lhe executam a vontade.


Nada obstante, as ciladas que padecem os trabalhadores do Bem, fazem parte do esquema para a aprendizagem superior a respeito da realidade imortalista na qual todos nos encontramos mergulhados.


Essas experiências também ensinam como se deve comportar o obreiro de Jesus diante dos famigerados enfermos da alma, que se demoram na erraticidade necessitados de compaixão e de socorro.


Constituem treinamento para o futuro, quando convocado às tarefas de misericórdia em regiões dolorosas onde os mesmos se homiziam.


* * *


Nunca desanimes, quando te sentires assediado por esses vândalos do mundo espiritual inferior.


Quanto mais responsabilidades tenhas, maior será o cerco em volta dos teus passos.


Porque és fiel ao objetivo que persegues, mais violentas serão as técnicas usadas nas ciladas que preparam.


Dulcifica-te e não reajas ao mal.


Age com bondade e sê fiel em qualquer circunstância do ideal ao qual te afervoras.


Nunca revides, mesmo quando agredido, desperdiçando valiosa quota de energia com o que realmente não tem significado real, exceto aquele que lhe atribuis.


Ora e confia, alegrando-te quando sob chuva de calhaus e sorrindo quando jornadeando sobre cardos, deixando pegadas de dor e de júbilo pelo caminho, a fim de que demonstres que segues Aquele que, aparentemente morreu vencido em uma cruz de vergonha, e que, após essa máxima cilada dos maus, retornou Triunfante conforme prometera.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, junho 27, 2012

Melodia - Amélia Rodrigues




Melodia


Amélia Rodrigues 



Escuta a melodia da vida, afagando a Natureza.


Mensageira de Deus, é o murmúrio luminífero das estrelas, nos céus, embelezando a noite como harmoniosos solfejos de ninar.


Na água do regato refrescante que atende o solo, canta na vibração de milhares de gotículas quais diamantes liqüefeitos, num impulso de tudo acariciar.


Penteando os cabelos de ouro do trigo maduro, no coração da seara, conduz-se nos braços do vento como alegria cantante em ritmo de felicidade.


Voluteando com o perfume das flores que as correntes aéreas carregam, saúda, canora, a face doirada do Sol que lhe oferece palco luminoso, enquanto sua música embevece os ouvidos do arvoredo exuberante que aplaude com um vibrante farfalhar de folhas.


Tomando as vozes do mar, desfeito em rendas de brancas espumas, na areia, evoluciona, ligeira, e abraça a praia orlada de verde relva qual tapete de esperança.


Evita, assim, que a tua aflição se transforme em tristeza e a amargura desfaça a vibração da melodia divina no teu coração.


Mesmo que tudo pareça conspirar contra a esperança que acalentas, escuta a ridente melodia da vida que te cerca e mantém a alegria como indicio de felicidade.


Vibra, feliz, mesmo que o coração esteja dilacerado e o rosto se encontre banhado de lágrimas...


A tempestade que beneficia, muitas vezes causa danos, para que a madrugada, bondosa, depois que a tormenta cesse, renove todas as coisas com a melodia da paz, num renascimento de esperança, sôbre a terra vergastada onde as aves, felizes, construirão novos ninhos, entoando a sublime melodia da vida vitoriosa.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Amélia Rodrigues .Página recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 23-6-61, em Salvador, Bahia.

Se tiveres amor - Emmanuel



Se tiveres amor

Emmanuel


Se tiveres amor, caminharás no mundo como alguém que transformou o próprio coração em chama divina a dissipar as trevas...

Encontrarás nos caluniadores almas invigilantes que a peçonha do mal entenebreceu, e relevarás toda a ofensa com que te martirizem as horas...

Surpreenderás nos maldizentes criaturas desprevenidas que o veneno da crueldade enlouqueceu, e desculparás toda injúria com que te deprimam as esperanças...

Se tiveres amor, observarás no ozenário a vítima da ambição desregrada, acariciando a ignomínia da usura em que atormenta a si próprio, e no viciado o irmão que caiu voluntariamente na poça de fel em que arruína a si mesmo...

Reconhecerás a ignorância em toda manifestação contrária à justiça e descobrirás a miséria por fruto dessa mesma ignorância em toda parte onde o sofrimento plasma o cárcere da delinqüência, o deserto do desespero, o inferno da revolta ou o pântano da preguiça...

Se tiveres amor saberás, assim, cultivar o bem, a cada instante, para vencer o mal a cada hora...

E perceberás, então, como o Cristo fustigado na cruz, que os teus mais acirrados perseguidores são apenas crianças de curto entendimento e de sensibilidade enfermiça, que é preciso compreender e ajudar, perdoar e servir sempre, para que a glória do amor puro, ainda mesmo nos suplícios da morte, nos erga o espírito imperecível à bênção da vida eterna.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. 

terça-feira, junho 26, 2012

Saindo do poço - Momento Espírita




Saindo do poço


Narra uma lenda chinesa que no fundo de um poço pequeno, mas muito fundo, vivia um sapo.


O que ele sabia do mundo era o poço e o pedaço de céu que conseguia ver pela abertura, bem no alto.


Certo dia, um outro sapo se abeirou da boca do poço.


Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui. - Convidou o sapo lá embaixo.


O que tem aí? - perguntou o de cima.


Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, a luz e até objetos voadores que vêm do céu.


O sapo da terra suspirou.


Amigo, você não sabe nada. Você não tem idéia do que é o mundo.


O sapo do poço não gostou daquela observação.


Quer dizer que existe um mundo maior do que o meu? Aqui vemos, sentimos e temos tudo o que existe no mundo.


Aí é que você se engana, falou o outro. Você só está vendo o mundo a partir da abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme.


O sapo do poço ficou muito chateado e foi perguntar a seu pai se aquilo era verdade.


Haveria um mundo maior lá em cima?


O pai confirmou: Sim, havia um outro mundo, com muito mais estrelas do que se podia ver dali debaixo.


Por que nunca me disse? - perguntou o sapinho, desapontado.


Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair.


Eu posso! Eu consigo sair! - falou o sapinho.


E pulou, saltou, se esforçou. O poço era muito fundo, a terra longe demais e ele foi se cansando.


Não adianta, filho. - tornou o pai a dizer. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver sempre infeliz.


Quero sair! Quero ver o mundo lá fora! - chorava o filhote.


E passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. O grande mundo lá em cima era o seu sonho.


*   *   *
Um pobre camponês de apenas 8 anos de idade não se cansava de ouvir esta lenda dos lábios de seu pai.


Vivendo a época da revolução cultural na China de Mao Tsé Tung, o menino passava fome, frio e toda sorte de privações.


Pai, estamos em um poço? - perguntava.


Depende do ponto de vista. - respondia o pai.


Mais de uma vez o garoto se sentia como o sapo no poço, sem saída.


Mas ele enviava mensagens aos Espíritos. Pedia vida longa e felicidade para sua mãe.


Pedia pela saúde de seu pai mas, mais que tudo, ele pedia para sair do poço escuro e profundo.


Ele sonhava com coisas lindas que não possuía. Pedia comida para sua família.


Pedia que o tirassem do poço para que ele pudesse ajudar seus pais e irmãos.


Ele pedia, e sonhava, e deixava sua imaginação levá-lo para bem longe.


Um dia, a possibilidade mais remota mudou de modo total o curso da sua vida.


Ele foi escolhido entre centenas de camponeses e foi fazer parte de algumas das maiores companhias de balé do Mundo.


Um dia, ele se tornaria amigo do Presidente e da Primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos.


Seria uma estrela: o último bailarino de Mao Tsé Tung.


Li Cunxin saiu do poço.


*   *   *
Nunca deixe de sonhar! Nunca abandone seus ideais. Mantenha aquecido o seu coração e vivas as suas esperanças.


O amanhã é sempre um dia a ser conquistado!


Pense nisso!

Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 do livro Adeus, China – O último bailarino de Mao, de Li Cunxin,Disponível em www.momento.com.br.