Minutos de Paz !

sábado, setembro 27, 2014

Alegria de Viver - Joanna de Ângelis






Alegria de Viver


Joanna de Ângelis


Considerasse a criatura humana todas as bênçãos de que desfruta no corpo, as concessões que lhe são colocadas à disposição,  e somente teria razões para agradecer, jamais para reclamar.


Evitasse a busca desordenada dos excessos e aceitasse com júbilo os recursos que lhe são necessários para uma existência digna, e tudo se lhe tornaria mais fácil.


Tentasse compreender melhor os desígnios divinos a respeito da reencarnação e da sua utilidade no processo evolutivo, e logo se lhe aclarariam as interrogações demasiadas, tornando-lhe a caminhada humana mais agradável e enriquecedora.


Fizesse uma comparação com aqueles que são destituídos de muitos bens e vivem com alegria, daquele outros que experimentam rudes provações e, não obstante, sentem-se dignificados na experiência iluminativa, de tantos outros que despertaram para a claridade da fé libertadora e avançam com satisfação, e certamente bendiriam o pouco que pensam ter ou os prazeres que supõe  não experimentar, renovando-se e trabalhando pelo próprio como pelo futuro da humanidade.


Por sua vez, se esses limitados e sofredores se interessassem por descobrir as razões que os tornaria deficientes ou menos afortunados, e de imediatamente passariam a valorizar esses mesmos aparentes impedimentos, enflorescendo as suas horas com paz e gratidão.


Um corpo, mesmo assinalado por amputações ou deficiências, sob injunções afligentes, e no entanto, permitindo lucidez mental e discernimento, representa oportunidade incomum para a evolução, pelo que faculta de recuperação para o Espírito calceta e imprudente.


Da mesma forma, uma organização somática assinalada por debilidade mental ou transtorno de comportamento, por alienação de qualquer natureza, que  impedem o raciocínio e o equilíbrio emocional, igualmente significa valiosa dádiva de Deus para apressar os resgates indispensáveis, face os gravames perpetrados em experiências transatas.


Seja, portanto, de qual maneira se apresente a oportunidade humana,  sob chuvas de granito em forma de sofrimento ou de concessões fartas em saúde, beleza, inteligência, tem o Espírito o dever de viver sempre contente e em constante alegria, agradecendo a Deus por haver renascido na carne.


Quando se aprende resignação ante  o infortúnio, este torna-se  mais ameno e o que representa dissabor e angústia converte-se em  esperança de melhores horas e mais afortunados momentos que certamente chegarão.
O ser humano é um laboratório espiritual, no qual se desenvolvem os valores em germe e se agigantam os atuais pródromos de felicidade.


Com alegria, o Espírito cresce na direção de Deus, enriquecendo-se de paz.


Nunca maldigas quaisquer ocorrências que te surpreendem com sofrimento e provação. Elas têm procedência significativa na economia espiritual do teu crescimento interior.


Naturalmente, a existência menos penosa parece ensejar  melhores oportunidades de auto realização e de júbilos. 


No entanto,nem sempre assim acontece, porquanto aqueles que hoje se  encontram em posição de amargos desafios, estiveram bem anteriormente e malbarataram a concessão feliz que desfrutavam.


Todos anelam pelas facilidades do caminho humano; harmonia física e beleza, inteligência e destaque social, poder e fortuna, saúde e paz, no entanto, aqueles que hoje estão favorecidos pelos tesouros referidos, bem poucas vezes têm sabido aproveitar a magna oferta para prosseguir em clima de tranqüilidade.


A rebeldia quase sempre os assinala, porque desacostumados aos sacrifícios e provações, quando lhes surge algum impedimento ou  encontram dificuldade exasperam-se e deixam-se consumir pela revolta, tombando na insensatez da blasfêmia.


Supõem tudo  merecer sem maior esforço como se fossem anjos privilegiados em momentâneo estágio na Terra, cercados de arcanjos dispostos a servi-los.


A árvore adquire resistência no lenho após os contínuos açoites dos vendavais.


Os rios atingem os mares vencendo os obstáculos que encontram no leito.
O dia rompe a noite suavemente e com perseverança.


O Espírito cresce e se desenvolve nos combates que o libertam do primarismo e o impulsionam para as cumeadas do destino que o aguarda.


Agradece, portanto, sempre, a oferenda existencial, passando as horas de que disponhas com alegria.


No trabalho, sê alegre e gentil; no lar, sê cortês e jovial; nos  relacionamentos sociais, sê bondoso e fraterno; no sofrimento, sê resignado e agradecido. Em toda a situação que a vida te convide  para os enfrentamentos da evolução, permanece com alegria.


Nada mais belo do que um coração jubiloso irradiando o sol da alegria espiritual.


Estás no mundo para tornar-te melhor e fazeres que o mundo  seja menos triste e mais rico de esperança.


Por menor que seja, faze da tua contribuição um hino de alegria e de respeito pela vida.


 Jamais desprezes os acontecimentos que te convidam à  mudança de comportamento para melhor.


Ninguém atinge as cumeadas de um monte sem conhecer as baixadas que o sustentam.


Realize a tua ascensão, tornando-te exemplo de alegria pelos incomparáveis dons de amar e de servir, construindo a sociedade a que aspiras, sem esperar que outro faça aquilo que te diz respeito.


Todo o Evangelho de Jesus é um canto de alegria.


Na montanha, Ele entoou a sinfonia mais harmônica de que se tem notícia, no que diz respeito aos legítimos valores humanos e sociais, morais e espirituais.


No lago de Genesaré, Ele sempre apresentou o poema sem fim da bondade, nas incomuns mensagens de amor e de paz, bem como nos atos de conforto e renovação dos enfermos e deserdados  do mundo...


Em todo lugar, Jesus sempre esteve como exemplo de alegria,  e mesmo quando crucificado e aparentemente vencido, tomado de compaixão suplicou: 


- “Perdoa-os, meu Pai, pois que não sabem o  que fazem”, por perceber que os Seus algozes optaram pela amargura, quando poderiam haver alcançado a alegria plena que vem do reino de Deus.




FRANCO, Divaldo Pereira  pelo Espírito Joanna de Ângelis . Nascente de Bênçãos CAP. 18. Pensamentos extraídos da mensagem Alegria de Viver,  escrita em Viena, Áustria, no dia 1º de junho de 2001.

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