Cartão de Visita
Emmanuel
Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o
pensamento vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.
Analisando-o, palidamente, tomemos a imagem da vela acesa,
apesar de imprópria para as nossas anotações.
A vela acesa arroja de si fótons ou força luminosa.
O cérebro exterioriza princípios inteligentes ou energia
mental.
Na primeira, temos a chama.
No segundo, identificamos a idéia.
Uma e outro possuem campos característicos de atuação, que é
tanto mais vigorosa quanto mais se
mostre perto do fulcro emissor.
No fundo, os agentes a que nos referimos são neutros em si.
Imaginemos, no entanto, o lume conduzido. Tanto pode revelar o caminho de um santuário,
quanto à trilha de um pântano.
Tanto ajuda os braços do malfeitor na execução de um crime,
quanto auxilia as mãos do benfeitor no levantamento das boas obras.
Verificamos, no símile, que a energia mental,
inelutavelmente liga à consciência que a produz, obedece à vontade.
E, compreendendo-se no pensamento a primeira estação de
abordagem magnética, em nossas relações uns com os outros, seja qual for a
mediunidade de alguém, é na vida íntima que palpita a condução de todo o
recurso psíquico.
Observa, pois, os próprios impulsos.
Desejando, sentes.
Sentindo, pensas.
Pensando, realizas.
Realizando, atrais.
Atraindo, refletes.
E, refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos
fatores de indução do grupo com que te afinas.
O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita.
Com ele, representamos ao pé dos outros, conforme nossos
próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a
intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos
carregadores do mal.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Seara dos
Médiuns.
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