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segunda-feira, setembro 22, 2014

Jesus Cristo na Visão do Espiritismo







Jesus Cristo na Visão do Espiritismo



Conheça a verdadeira importância de Jesus Cristo, o espírito mais evoluído que já encarnou nesse planeta, para a doutrina espírita -Erica Franquilino



“Ele não nos oferece o reino dos céus...  Nos oferece a paz de consciência”. 


As palavras são de uma senhora de 75 anos, que teve os primeiros contatos com o espiritismo pelas mãos da mãe, aos 11 anos de idade. 


Ana Gaspar, fundadora do Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz, em São Paulo, explica como a vida de Jesus Cristo, seus ensinamentos e suas palavras, norteiam a doutrina espírita.


O espiritismo é uma religião cristã, assim como o catolicismo e o protestantismo, por exemplo. 


No entanto, mais do que uma religião, frisa Ana Gaspar, é também uma ciência e uma filosofia de vida, que segue tudo aquilo que Ele pregou. 


De acordo com a doutrina, Jesus Cristo é o espírito mais evoluído e mais perfeito que já encarnou nesse planeta. 


A premissa que orienta todos os passos dos seres humanos no caminho da evolução espiritual está nestas palavras de Cristo: 


“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.



O que é amar a Deus? 


É cumprir seus ensinamentos. 


Respeitar sua obra. 


E isso não implica na necessidade de formas exteriores de adoração, sacerdotes ou liturgias. 


“O mais importante é amar e respeitar nosso semelhante, como Jesus deixou claro no sermão do monte, por exemplo. É preciso ter tolerância, ser manso e pacífico”, lembra Ana.



O valor do perdão


“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22). 


Nesse diálogo, Jesus ensinava a Pedro que devemos perdoar sempre, incondicionalmente.


Na visão espírita, o mais importante legado de Jesus para nortear nossa evolução espiritual é o amor. 


Do amor deriva-se o perdão, que devemos praticar sempre, sob quaisquer condições. 


“Por que devemos perdoar sempre? 


Para sermos bonzinhos e ganharmos o reino dos céus? 


Não, para ter paz na consciência e não ter de resolver o ‘assunto’ numa próxima encarnação”, explica Ana.


Ela ressalta que Jesus apropriava seus ensinamentos para o nível de compreensão dos homens daquela época. 


Portanto, para encontrar o sentido oculto em certas palavras e orientações seria preciso contar com a ajuda de novas ideias e conhecimentos. 


Tais idéias não poderiam vir antes que o espírito humano atingisse um certo grau de maturidade.


Por isso, muitas das palavras ditas por Cristo permaneceram incompreendidas ou foram interpretadas de forma incorreta. 


Com base nas obras de codificação de Allan Kardec, o espiritismo tornou-se a chave para entendê-las. 


“A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, em Jesus Cristo, o espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não está personificada em ninguém, porque é produto do ensinamento dado pelos espíritos, não por um homem”, argumenta. 


Ela salienta que o espiritismo não veio para contrariar os ensinamentos de Cristo, pelo contrário. Veio para desenvolvê-los e explicar de forma clara o que esse espírito iluminado havia dito por meio de parábolas.



Segundo o Evangelho


Analisados sob a ótica da doutrina espírita, muitos trechos do Novo Testamento trazem importantes revelações sobre a realidade espiritual.  


Em João, XIV:1-3, por exemplo, Jesus afirma: 


“Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também”.



Segundo a interpretação espírita, a casa do Pai, a qual se refere Jesus, é o Universo. 


As moradas são os mundos nos quais os espíritos desencarnados evoluem. 


Tais mundos são divididos em mundos primitivos, voltados às primeiras encarnações da alma humana, mundos de provas e expiações, onde o mal predomina, mundos regeneradores, onde as almas que tem algo a expiar renovam suas forças, mundos felizes, onde o bem supera o mal, e mundos celestes ou divinos, onde estão os espíritos puros. 


A Terra está entre os mundos de provas e expiações.


Já na passagem do Novo Testamento na qual Jesus conversa com Nicodemos, senador dos judeus, Ele diz: (...) 


“Em verdade, em verdade eu te digo: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo” e acrescenta “Não te maravilhes de eu ter dito que é preciso nascer de novo. O vento sopra onde quer, e vós escutais a sua voz, mas não sabeis de onde vem ou para onde vai. Assim é com todo homem que nasce do Espírito”. 


Essa passagem demonstra o princípio da preexistência da alma, bem como da pluralidade das existências.


“Meu reino não é deste mundo”.


Quando Pilatos perguntou a Jesus se era o rei dos judeus, Ele então respondeu: 


“Meu reino não é deste mundo”. 


Na concepção espírita, com estas palavras, Cristo se refere claramente à vida futura. Todas as máximas de Jesus foram direcionadas a esse princípio, que é o centro de seus ensinamentos.


Jesus demonstrou na afirmação, bem como em sua própria trajetória e na aparição aos discípulos depois da morte, que a vida espiritual é uma realidade, que há um outro lugar, onde a justiça de Deus faz sentido e é exercida plenamente. 


Considerando o que os homens de então poderiam absorver de seus ensinamentos, Jesus se limitou a apresentar a vida futura como uma lei natural, inerente a todos os seres humanos.


A doutrina espírita então se propõe a ir além da crença na vida eterna, compartilhada pelo mundo cristão, explicando no que se constitui, de fato, essa vida futura – sempre de acordo com os ensinamentos de Cristo. 


“Sua autoridade (a de Jesus Cristo) vinha da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão divina”, diz O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.



Chico Xavier, exemplo vivo


“Chico Xavier era um grande trabalhador. Foi um exemplo vivo daquilo que Jesus nos ensinou”, diz Ana Gaspar. 


Em palestra proferida em 1997, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba (MG), Chico Xavier falou sobre a importância da caridade, “que é a presença continuada da maravilhosa vida do nosso tutor espiritual na Terra: Jesus. 


]Muitos filósofos e escritores que passaram antes do Cristo deixaram a palavra caridade passar despercebida”, disse.


 Ele seguiu afirmando que todos nós podemos ser continuadores da missão divina de Jesus. 


“A caridade é desde a doação de uma grande fortuna, até a doação de um prato de sopa. A caridade é Jesus”, disse o médium, que desencarnou em junho de 2002, aos 92 anos de idade.


As muitas faces de Cristo


Respeitado dentro e fora do cristianismo, Jesus deixou um legado de paz. 


Veja, a seguir, o que algumas religiões dizem a respeito do espírito mais evoluído que já esteve entre nós.



CATOLICISMO – A vertente do cristianismo mais disseminada no mundo tem como base a crença de que Jesus foi o Messias enviado à Terra para redimir a humanidade de seus pecados e restabelecer nossa união com Deus.


JUDAÍSMO – Jesus Cristo foi um homem de paz, que divulgava a compreensão entre os homens. Ele não é o filho de Deus, pois todos os homens são filhos de Deus. 
Para o judaísmo, o Messias ainda não chegou.  Quando este chegar, anunciará uma era de paz e amadurecimento da humanidade.


ISLAMISMO – Deus (Alá) enviou diferentes mensageiros ao longo da história da humanidade. Tais mensageiros eram portadores da mesma mensagem e dos mesmos ensinamentos, que foram se degenerando através dos tempos. 
Para os muçulmanos, Jesus foi um desses mensageiros, assim como Noé, Abraão, Isaac, Ismael, Jacó, Moisés, David e Mohamed.


MORMONISMO – Jesus Cristo é o filho de Deus. Por intermédio de Jesus Cristo, o Pai Celestial proporcionou-nos um meio pelo qual todas as pessoas podem tornar-se como Ele e voltar a viver com Ele para sempre. Sob a direção do Pai Celestial Jesus Cristo criou a Terra. Quando a vida nesta Terra terminar, Jesus Cristo será o Juiz Supremo.


TESTEMUNHAS DE JEOVÁ – Jesus viveu no céu como pessoa espiritual antes de vir à Terra. Ele foi a primeira criação de Jeová Deus e por isso é chamado de filho “primogênito”. Jesus morreu (numa estaca, não numa cruz) e foi ressuscitado por Deus como criatura espiritual, retornando ao céu. Desde então, Deus o fez rei. Dentro em breve, Jesus eliminará da Terra toda a iniqüidade e sofrimento.



Para saber mais
O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, oferece a interpretação detalhada no Novo Testamento sob a visão espírita.  Já O Livro dos Espíritos, também de Allan Kardec, é obra fundamental para entender a doutrina como um todo, sobretudo nos aspectos filosóficos.



Fonte 

ESPIRITUALIDADE E LUZ. Disponível em  http://espiritualidadeeeluz.blogspot.com.br/2013/08/jesus-cristo-na-visao-do-espiritismo.html#.VCAOKZRdXp4. Acesso: 22 SET 2014.

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