91-O SILÊNCIO
Casimiro Cunha
Quem procura no silêncio a inspiração e a beleza, penetra o templo invisível das forças da Natureza.
Jamais sentiste o cansaço no excesso de burburinho?
O silêncio é o companheiro que conhece o bom caminho.
Em seu campo generoso, há tréguas ao pensamento, recebe-se luz sublime de verdade e entendimento.
O homem que se mergulha nas vozes do turbilhão, condena-se, muita vez, aos cárceres da aflição.
É preciso, quase sempre, procurar na solidariedade a solução dos problemas à luz da serenidade.
Se possível, vai ao plano das árvores carinhosas, onde as coisas falam sempre em notas harmoniosas.
Mas se não podes fugir ás zonas de inquietação, procura o silêncio amigo na paz da meditação.
Todos temos em nós mesmos os vales da experiência e as montanhas solitárias nos cimos da consciência.
Não te dês todo aos rumores das lutas de cada hora; que a palavra seja em tudo tua serva e não senhora.
Quando achares no silêncio os segredos da energia, terás penetrado a esfera de paz e sabedoria.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 91, p.92.
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