Minutos de Paz !

sexta-feira, junho 04, 2021

18-A DERRUBADA - Casimiro Cunha

 


18-A DERRUBADA

Casimiro Cunha

 

Rangem troncos seculares aos golpes do lenhador.


É o machado formidando no impulso renovador.


Toda a floresta se agita em terríveis convulsões, continua a derrubada que precede as plantações.


Sol quente. Suor. Serviço.


E as árvores vigorosas estraçalham com fragor as frondes cariciosas.


Após o trabalho ingente, a invasão do fogaréu; Fumo espesso devorando a doce amplidão do céu.


Gritam aves assustadas, sem ninho, sem paz, sem guia, animais inferiores vão fugindo em correria.


A seguir vem a coivara completando a grande prova, é o termo da derrubada a favor da vida nova.


Somente aí são possíveis, pasto verde e espiga loura, pomares e sementeiras, celeiro, casa e lavoura.


Já observastes que o homem, ao longo de toda a estrada, precisa também, por vezes, das foices da derrubada? É a dor proveitosa e rude, surgindo em golpes violentos, a força que retifica a mata dos sentimentos.


Sem trabalho não teremos, no caminho universal, nem casa com Jesus -Cristo nem pão espiritual.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 18, p.17.

 

 

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