38-A PÉROLA
Casimiro Cunha
Dos trabalhos de conquista da fortuna dadivosa, destaca-se a pescaria da pérola preciosa.
Nem todo mar serve à pesca, há nas ostras exceção, em verdade, muito poucas atendem na seleção.
Extremas vicissitudes, trabalhos, perigos, dores, tudo isso desafia o esforço dos pescadores.
Não se pode prescindir de serviços sobre-humanos, com cuidado e intrepidez, no fundo dos oceanos.
É preciso haver coragem estranha a qualquer temores, no justo desprezo aos monstros das zonas inferiores.
A descida no mergulho, ao longo do enorme abismo, traduz um ato de fé que descende do heroísmo.
Mas, depois do sacrifício, a que o homem se conduz, vem a pérola mostrando um sonho formado em luz.
Todo o ouro amoedado, nos arquivos da avareza, não cria esse dom de Deus que surge da Natureza.
No esforço do pensamento, imita essa pescaria: No oceano do Evangelho há paz e sabedoria trabalha, despreza os monstros, esquece a dificuldade e acharás com Jesus - Cristo as pérolas da Verdade.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 38, p.39.
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